Teléfono: Correo: contato@myriamdurante.com.br
Português - Brasil Inglês Espanhol
Prensa

08 de Diciembre de 2013

Cara a cara com o mau humor

Cara a cara com o MAU HUMOR

Mau humor frequente pode ser doença. Saiba como identificar e tratar.

Bianca Leão

Nada nunca está bom para uma pessoa mal humorada. Qualquer pretexto é motivo para irritação, desânimo ou tristeza. O que muita gente não sabe é que o mau humor frequente não deve ser subestimado e pode caracterizar um distúrbio psicológico chamado de distimia. A distimia atinge cerca de 3% da população mundial, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), o que representa um total de quase 200 milhões de pessoas. A doença, segundo a OMS, é mais comum em mulheres, devido às oscilações hormonais. Além de dificultar os relacionamentos, a distimia aumenta em até 30% o risco do desenvolvimento de depressão ou algum tipo de fobia, bem como facilita o envolvimento com drogas ou álcool. Seja por motivo de doença ou não, há diversas estratégias para manter o mau humor sob controle e melhorar a saúde psicológica e física, bem como o convívio social.

No caso da estudante de Medicina Dayane Casale Neves, 26, o mau humor é apenas um estado momentâneo. Com frequência, os congestionamentos são os maiores motivos desencadeantes de aborrecimento. "Posso ter saído de um lugar agradável e estar super descontraída. Quando entro no carro e o trânsito está engarrafado, o bom humor vai embora", conta. Para lidar com o estresse, Dayane liga o som e tenta se distrair. Já em relação à temida Tensão Pré-Menstrual (TPM), Dayane releva que contou com um importante aliado para identificar o problema: seu marido, Guilherme William Neves. "Eu nem sabia que o meu humor se alterava. Ele me ajudou a perceber e mudar de postura", relembra. Outra estratégia que a estudante de Medicina garante que funciona é tomar suco de maracujá diariamente. "Ele é um calmante natural. Você relaxa e passa a ver as coisas de outra maneira", explica.

Situações

Mas há casos em que o mau humor ultrapassa uma situação eventual. De acordo com Myriam Durante, psicoterapeuta holística e presidente do IPOM (Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente), a distimia é vista, muitas vezes, como um traço de personalidade e quem apresenta o distúrbio se acostuma a ser mal humorado, achando normal viver irritado ou aborrecido. Além do mau humor frequente, a especialista explica que quem tem distimia costuma se sentir desmotivado e demonstra sentimentos negativos e impaciência. "Quem tem distimia não consegue ver o lado bom das coisas. Coloca defeito em tudo, não sabe lidar com imprevistos, se sente injustiçado, leva tudo para o lado pessoal e parece que carrega um grande peso nas costas. Não sabe rir dos problemas e das situações que fogem ao seu controle, sofrendo muito quando algo em seu planejamento não dá certo", diz Myriam.

Conforme a psicoterapeuta, os principais sintomas da doença são: mau humor, desânimo, tristeza, pessimismo, baixa autoestima, falta de energia, dificuldades para dormir e se alimentar de maneira saudável, uso de álcool ou drogas. "O importante é, quando perceber um quadro geral da doença, procurar ajuda médica para diagnosticar o distúrbio. Em muitos casos, a ajuda de um bom psicoterapeuta já é capaz de curar a doença. Em outros, mais graves, é necessário também o uso de medicamentos. Praticar atividades físicas, que liberam endorfina e serotonina, também ajudam a melhorar o humor, além de aumentar a autoestima", afirma a psicoterapeuta.

O dado mais importante a considerar, segundo Myriam, é a manifestação destes sintomas durante pelo menos dois anos consecutivos para adultos e um ano para crianças e adolescentes. A especialista informa que a distimia pode aparecer na infância e se estender por toda vida. Há evidencias de que muitos idosos já tenham manifestado sinais dos sintomas na adolescência. De acordo com ela, a combinação de psicoterapia e antidepressivos é o tratamento ideal para aliviar os sintomas da distimia, problema que atinge uma série de neurotransmissores em regiões do cérebro que comandam o humor, como o sistema límbico, o hipotálamo e o lobo frontal. Eles ajudam a restabelecer o equilíbrio da serotonina e noradrenalina.

O que é a distimia?

Distimia é uma palavra que vem do grego e significa mau humor. Durante muito tempo, a palavra foi usada para caracterizar a pessoa mal humorada, que está sempre irritada, de mal com a vida. Hoje o termo já é empregado para assinalar um distúrbio. A distimia é um tipo de depressão crônica de moderada intensidade e se manifesta já na adolescência. Por ter sintomas mais leves do que a depressão, às vezes leva mais tempo para as pessoas procurarem tratamento.

- A psicoterapeuta holística Myriam Durante diz que a pessoa que tem distimia costuma se sentir desmotivada e demonstra sentimentos negativos e impaciência

As causas determinantes do humor são três:

• Circunstâncias da vida (acontecimentos felizes ou não) 10%.
• Genética 50%.
• Atividades intencionais (ser otimistas, focar metas pessoais, cultivar relação com outras pessoas, práticas espirituais e ações relacionadas com o corpo) 40%


Confira a matéria na íntegra: http://www.orm.com.br/projetos/oliberal/interna/default.asp?modulo=255&codigo=689234